quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Rick Lamb Horse Show


Na TV e no Rádio o autor e comunicador Rick Lamb dá cobertura nacional a Indústria Americana do Cavalo. Seus programas são repetidos nos 39 estados americanos. Rick monta e cria cavalos em sua casa. http://www.thehorseshow.com/stations.aspx

Estime o Peso de Seu Cavalo


O Dr. Henrique Cruz preparou um trabalho muito interessante e didático, com diferentes formas para vc estimar o peso de seu cavalo. São dicas úteis para quem anda acostumado com a balança... especialmente para o dia em que ela quebrar! No final há outra dica legal... um diagrama da condição física do cavalo.

Quanto Vale Um Cavalo?

Como não existe uma tabela de modelos, cores e assessórios para definir o valor de um cavalo, o mercado acaba tendo duas referências básicas... as médias dos leilões, que quando não são puxadas por artifícios - dificilmente expressam a realidade - pois misturam valores de éguas, potros, cavalos domados e outros, e as notícias e o boca-a-boca que inequivocadamente repetem o que ouviram por aí. Como estas referências são malucas, o comprador que não quer se sentir ludibriado, depois de algum tempo e depois de conversar com alguns pseudo-orientadores, deixa de ser comprador e passa a ser garimpeiro de galinha morta. Esta figura do garimpeiro de galinha morta é aquele cara que acaba deixando de compreender o que faz um cavalo valer mais ou menos e fica tentando achar um campeão mundial escondido no fundo de um chiqueiro, esquecido e mal tratado. Que existe, existe.... mas...
A Annie Carl adaptou uma tabela para avaliação do valor de um cavalo. Achei uma das coisas mais geniais e que podem ajudar muito alguém que pretende comprar um cavalo. Só agregaria a ao usuário desta tabela que eu - pessoalmente - só compro cavalos de origem direta de criatórios realmente consistentes. Pois se precisar voltar lá, por qualquer motivo, sei que estou falando com gente séria. O modelo usado é de um bom total senso. Tenho absoluta certeza de que se você for sair para comprar um cavalo deve experimentar usar esta tabela! Se quiser a tabela mande um e-mail com o título - Quanto vale um cavalo? - para: andregvluz@hotmail.com

terça-feira, 25 de novembro de 2008


As selas Orthoflex são conhecidas mundialmente pelo conforto para cavalos e cavaleiros. Este modelo western tem preço base de U$ 3.500. Conheça mais em http://www.ortho-flex.com/Saddles/Caliente.htm

Árabes de Linhagem Egípcia


Na década de 80 estavam entre os mais cobiçados entre os criadores brasileiros. A linhagem egípicia é sem dúvida belíssima e exótica. Tornou-se a base de cruzas importantes nos últimos 50 anos e especialmente é dona de uma história que vai aos faraós. Quem sabe o mais antigo registro de cavalos do mundo... Quer saber mais: http://www.pyramidarabians.com/ ou http://www.barakafarm.com/ (na foto: Ansata El Sharaf)

Nada na Boca


O Bitless Bridle é uma cabeçada para conduzir o cavalo sem nenhum tipo de embocadura. Parece ter tido bons resultados com cavalos de boca sensível ou machucada. Não é um hackmore. E já possui alguns anos no mercado. Se você gosta de experimentar tralhas diferentes ou possui um cavalo com a boca delicada este equipamento pode ser uma opção. Maiores informações: http://www.bitlessbridle.com/

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

www.americanhorsecouncil.org


Fonte de onde beber


Quer aprender mesmo sobre cavalos! Então ache o que puder, leia o que puder sobre Tom Dorance. É claro, profundo, impressionante e surpreendente. Quem me apresentou ao conteúdo foi Eduardo Borba, a quem serei eternamente grato. Puxa vida, 10 anos atráz ninguém imaginava que esaria tudo disponível na web!

http://www.tomdorrance.com/index.htm

Registros de Cor - Palomino

Cavalos Palominos são o sonho de muitas meninas e de alguns meninos também. E o único registro de cor que temos no Brasil se dirige aos cavalos Pampas. A confusão que os mineiros fizeram nestes registros foi fantástica. Ninguém sabe se o Pampa é uma raça, ou um registro de cor... como registro de cor confunde Tobianos, Oveiros e Sabinos com Pampas e se for um registro de raça aí piora a coisa. Mas voltando ao Palomino... aqui tem a história de um registro de cavalos de cor, sem prejuízo às respectivas raças. Pra quê serve? Se você gosta de cavalos Palominos... imagine uma só exposição com cavalos de diversas raças... todos da mesma cor, competindo entre si ou separadamente em modalidades acessíveis!http://www.palominohorseassoc.com/

O Cavalo de Leonardo


Leonardo Da Vinci estudou profundamente anatomia e como não poderia deixar de ser estudou também a anatomia dos equinos.Um dos projetos de Da Vinci foi uma escultura de cavalo em bronze, que foi executada há poucos anos e é a maior estátua de cavalo do mundo. Confira e aumente sua cultura equestre. http://www.equisearch.com/art_graphics/eqdavinci22/

Novas Bolsas e Programas da NRHA


A NRHA acaba de lançar uma nova bolsa de incentivo para as categorias mais baixas. A partir de 2008, os potros inscritos concorrerão por maiores prêmios em dinheiro para criadores, proprietários e cavaleiros. Cada iscrição custa U$ 300. E o programa vai distribuir U$ 2.5 milhões por ano apartir de 2008.
http://www.nrha.com/nomination.php

Gipsy Vanner El Brio e outros

Organizar, representar e evoluir

www.americanhorsecouncil.org

Gipsy Vanner o Cavalo Cigano

Faz alguns anos que vejo anúncios de cavalos Gipsy Vanner. Semana passada resolvi dar uma busca no Youtube e encontrei vídeos incríveis desta raça. Criadores de Gipsy Vanner tem por objetivo selecionar o mais perfeito cavalo de tração de carroças, por carroçcas entenda vagões! São animais belíssimos. Quem sabe alguém se interessa em importar alguns. O Superior Horse Stables do Colorado-EUA, cria e vende. http://www.superiorstables.com/

Boleteira Pro Jump na Kauana

A Kauana é a maior e melhor distribuidora de produtos equestres do Brasil. Cláudio Azevedo conhece tudo, da Argentina à Índia, passando pela Europa. Falou em equipamentos esta é a referência nacional. Vejam ao lado a Boleteira high-tech que está entre as novidades deste ano.
Procure nas melhores lojas ou se informe no site da Kauana.
http://www.kauana.com.br

Miniaturas de Verdade

A Breyer produz miniaturas de cavalos de todas as raças. Sua linha de produtos é tão vasta e detalhada que é quase impossível você não se apaixonar por uma delas. Pessoalmente eu gosto das tradicionais, eles elegem cavalos que fizeram história em todo o mundo e os eternizam. As miniaturas são colecionáveis, e por melhor que eles tentem fotografá-las, são bem melhores ao vivo do que nas fotos.
Visite o site e se quiser procure um dealer!
http://www.breyerhorses.com/

O Appaloosa se infiltrou na ABQM

Olhem bem: Luciano Bereta, Francisco Garcia, Carlos Deleu, Alvaro Maya, Marcos Reis, Gilson Vendrame, Ameriquinho... Kalil... tem mais gente! Todo mundo veio do Appaloosa.

Para Sempre na História

Corona Cartel é um daqueles cavalos de corrida lendários. O baiano Duda Mendonça importou um filho dele e um monte de gente fala em Corona Cartel por aí. Numa rápida olhada nos cavalos de corrida pode-se ver que o Rancho das Américas do Sr. Nelson Fakri não tem um Corona Cartel em seu portfólio de garanhões. Se eu fosse imaginar qual a razão disto... seria porque esta genética é do Haras Fazenda Bela! Isto mesmo, Cornona Cartel, filho de Holland Ease, propriedade de Wellington Germano de Queiroz. O mais importante... quem cobriu a Corona Chick com Holland Ease foi o mesmo Wellington. O homem conquistou seu lugar na historia do cavalo de corridas. Mas a inteligencia nao esta so nisto. Queiroz e Fakri pensam na frente, para que concorrer com genetica se podem se complementar. Acorda gente, quase qualquer potro nascido no Haras Fazenda Bela e irmao do Corona Cartel! Nao precisa ir aos EUA para comprar um!

Monarquias e Democratas Nordestinos


Foi na década de 90, bem no começo, que conheci Orlando Lamônica Jr. Um carinha supimpa do interior, acelerado e cheio de idéias, já criava gado Simental quando entrou no Quarto de Milha e no Paint Horse (depois de ver a capa número 1 de Horse Business). La Mônica, que já era presidente do Sinduscon, queria ser presidente da ABQM e junto com o sócio Edson Inácio resolveram montar uma chapa. Acontece que a chapa não pegava e foi então que La Mônica me chamou em Baurú. Pediu minha colaboração, e que fosse eu interceder por ele junto a Carlos Raul Consoni. Do alto dos meus 2o e poucos anos, marquei a reunião com o velho conhecido e fui perguntar-lhe sobre o menos jovem La Mônica... se ele sabia de sua candidatura e o que achava. Consoni foi curto e simpático, dizendo que o próximo presidente da ABQM seria o senhor Ovídio Vieira... e me convidou a conversar sobre outro tema. Voltei para o escritório e liguei então para o La Mônica para informá-lo da inviabilidade do apoio pleiteado. Foi então que me veio de supetão a idéia de sugerir-lhe o Paint Horse. Meu querido amigo Fábio André Ribeiro, o Fabinho, havia importado cavalos e éguas, e junto com um pequeno grupo fundado a associação brasileira do Paint Horse, com a velocidade de quem conhece Brasília desde menina. Sediada na capital nacional a Paint Horse estava meio ao Deus dará. E neste caso, me bastou um telefonema para a conexão Brasília x Baurú. Em uma semana estava resolvido, La Mônica era presidente!

Depois disso, a maioria dos criadores atuais de Painthorse e Quarto de Milha conhece a história. Nem La Mônica nem o Ovídio saíram das respectivas cadeiras! A eleição de Ovídio se deu num panorama bem conservador. Tratava-se de um criador esforçado, que estava em todas as modalidades, da corrida à conformação e tinha um cavalo chamado Mr. Hulk. Ovídio gostava mesmo de Quarto de Milha e possuia um invejável network. E melhor do que isto, depois do incidente Douglas Ferro, ninguém queria um perfil arrojado no comando da ABQM, e muito menos pensar numa figura cheia de idéias como o La Mônica.

O fato é quase 14 anos depois (posso ser impreciso aqui... já faz muito tempo), os dois permanecem em seus respectivos cargos. Mais divertido é ouvir as desculpas que as pessoas dão quando um desavisado pergunta: Mas ninguém quis ser presidente da ABQM? Bem, quanto ao Paint Horse, sinceramente não sei porque nem como La Mônica se perpetuou no poder. Mas na ABQM é mais pitoresco. O que manteria no cargo um presidente com as carcterísticas do Ovídio. Existem aqueles que acreditam que por ser ele um comprador recordista de leilões acaba fazendo lobby a seu favor. Existem os que acreditam mesmo que ninguém quer pegar o abacaxi e que o Ovídio tem tempo e dinheiro para isso. Importante é lembrar que até hoje, a administração firme e espartana do homem parece ter criado um caixa que é referência na história das associações de criadores de cavalos. E que além disso a ABQM não gasta um centavo com verbas para o seu presidente - pois ele paga suas viagens com seu próprio dinheiro - e neste quesito Ovídio é imbatível e se faz presente sempre que for importante. Prestigia eventos em todo o país.

Foi então que chegou a minha vez de falar com Ovídio, e desta, eu me convidei. Ano passado resolvi apresentar a ABQM um plano de marketing, com a intenção de organizar e captar recursos de uma forma mais eficiente para os campeonatos da raça. Ovídio não gostou do meu plano e eu não fui suficientemente convincente para tanto. Mas estive com ele. E conversei com o homem. Confesso que este era um homem bem diferente daquele que ganhou as eleições, da mesma forma que a ABQM também não é mais a mesma. Como sempre o via entre amigos, nas corridas em Sorocaba ou em leilões, eu fazia uma idéia errada do que ele representava. Conversamos algumas horas, e o homem demonstrou um conhecimento tão profundo das questões que envolvem a raça que eu me assustei. Cheguei mesmo a admirá-lo. De longe eu não conseguia imaginar o que um sujeito como ele, que nunca sequer pisou nos EUA - pois não vôa de avião - que não tem filhos montando a cavalo e que é alvo constante de ataques até dos que eu acreditava serem seus amigos, fazia para se manter ali... inabalável... na presidência. Então fui recapitulando e me lembro de quando a ABQM teve que mudar o estatuto para que Ovídio pudesse se re-eleger. Hoje pareceria uma manobra Chavista, mas não foi bem assim. Recapitulando menos, haviam tambem as diversas chapas que sequer sairam do papel. Toda eleição tinha alguém que queria, mas não tentava.
Extremamente veloz, e com os anos melhor, entendedor das relações que envolviam pessoas, associação, burocracia, Ovídio sabia o que queria para a raça e aniquilava seus adversários no ninho. E a ABQM cresceu. E como cresceu. Muitas vezes faziam parcer que cresceia mesmo contra a vontade do presidente. Mas vejamos que passo-a-passo este cavalo consolidou sua posição como o cavalo do estado de São Paulo e daqui para as outras regiões do país, tornou-se nacional. Tão nacional quanto o Nelore. Tão nordestino quanto a vaquejada. E ele vem cumprindo aqui em nossa terra sua vocação de cavalo global. Assim como o Blue Jeans e a Coca Cola. Ovídio, mais do que qualquer outro sempre soube disso. O próprio Paint Horse de La Mônica tornou-se um coletor de desafetos da administração de seu paralelo, que acabou por desaguar de volta na ABQM um número crescente de sócios.
Não dá para dizer que a admistração centralizada desagradou pouca gente, mas de qualquer forma a ABQM geraria filhotes diversos: ANCA, ANCR, APCT... e tantos outros. Difícil tem sido regular o oportunismo de tanta gente, não falo do oportunismo malvado, mas daquele oportunismo desavisado, impetuoso que rodeia o cavalo. A ABQM hoje é um mundo, cheia de cores e contrastes.
Nem se o Ovídio fosse americano e republicano teria alcançado o que alcançou. Entendam que com seus defeitos e qualidades a administração deste homem terá a marca do crescimento, mas o mais importante é que por trás dela está a marca da transição. A transição de uma associação das mãos de seus fundadores visionários, para uma entidade corporativa auto-regida. Ovídio não permanecerá na ABQM para sempre, e o maior desafio desta associação é arrumar a casa a estrutura e saber escolher seu próximo presidente. Um homem que deverá ser capaz de dar ao seu corpo adminsnitrativo e a seu calendário um caráter novo, imparcial e de vanguarda. Sendo um cavalo americano e considerando os últimos acontecientos... um negro talvez não... mas um nordestino é quase certo que seja.

Celebridades Relâmpago

O mercado do Quarto de Milha é realmente vigoroso, e agora nesta alta que mistura o brio nordestino e a corrida de cavalos, nunca esteve tão quente. Mas voltando ao mundo do cavalo de trabalho, você já percebeu que toda vez que chega um cavalo novo dos EUA ele vai parar num leilão e estoura de vender coberturas. Bem... agora vem a pergunta.... quantas coberturas será que ele venderá no próximo ano... e no outro? Bem, isso certamente deve depender do número de cavalos novos que serão importados nestes anos! O que me impressiona nisto é o modismo e como se abre mão, sem titubear, do bom cavalo... pelo próximo cavalo. Muitas vezes nem dando chance do primeiro se confirmar. Acho que isto é uma fase... com o tempo as pessoas vão entender melhor a coisa. O chato é que a consequência é um rastro de pedigrees confusos e misturados... e um monte de cavalos filhos e netos de celebridades relâmpago. Entretanto, o mais engraçado de tudo é que um cavalo destes, depois de 1 ou 2 temporadas simplesmente some. Aí eu fico esperando para ver se aparece algum de seus filhos na pista e nada... ou quase nada aparece. Enquanto isso, todo mundo que falava bem do bicho, passa a criticar o coitado... e o que sobra é só conversa... uns contra, outros a favor. O que o povão gosta mesmo é de papo.

sábado, 22 de novembro de 2008

A Força da Modernidade

A minha preferida Western Horseman foi, e sempre será, a mais tradicional revista de cultura western e equitação western. Curiosamente, há décadas suas capas valorizavam artistas equestres dos EUA, com pinturas e dezenhos maravilhosos. Há algum tempo não comprava uma revista ou entrava no site deles.
Hoje ao entrar no site me assustei ao ver uma produção de capa com fotografias de pessoas! Esta revista até bem pouco tempo atrás tinha suas matérias impressas em Preto e Branco. Seu público tinha faixa etária média superior a 40 anos. Republicanos e tradicionalistas! Mas não foi só a capa da revista que mudou, toda a revista mudou... e o site também. Até os mais tradicionais leitores do mundo do cavalo estão se adaptando a web... Aliás quem tem uma coleção respeitável delas é o meu caríssimo Eduardo Borba.

A Herança do Sacramento

Conheço Jefferson Abbud há quase 20 anos. Naquela época o Haras Sacramento já criava cavalos de rédeas e seu garanhão se chamava Top Tree PH. Era um cavalo nacional e mesmo não sendo um pedigree de trabalho fechado, foi com ele que Jefferson tirou alguns dos seus primeiros bons cavalos. Texas Bill foi um deles. O velho Texas Bill, é pai de Texas Playboy, me corrijam se estiver errado, que se não me engano esteve competindo no exterior montado por Paulo Coury. Texas Bill foi daqueles cavalos que fazem história por onde passam... mas esta é outra história.
Sempre me pareceu, que desde muito cedo, Jefferson sabia o que queria, pois não demorou para o Sacramento importar Peppy Lee San e começar um trabalho consistente na seleção de cavalos de Rédeas. Não falo aqui das éguas importadas pelo Sacramento pois não me sinto habilitado.
Mas para se criar cavalos de rédeas, e na verdade para se criar qualquer tipo de cavalos, não basta comprar cavalos e éguas e colocá-los para cruzar. O proprietário do Sacramento é um expert em linhagens, estatísticas e cavalos. Antes de qualquer um saber exatamente o que era um Hollywood Dunit, o Sacramento já negociava a vinda de Mellodys Dunit para o Brasil. Mas se isto só não bastasse para se fazer um teórico do cavalo, Jefferson deve ser o único criador que monta e apresenta seus animais consistentemente, compete em provas regularmente e que tem relacionamento direto com os maiores criadores e treinadores do mundo. Isto é, ele estuda, cria e experimenta seus cavalos. Não toca de ouvido!
Nestes quase 30 anos de seleção, o Sacramento só começou a vender cavalos em um leilão próprio, na comemoração dos seus 25 anos. O que gosto na criação do Sacramento é que posso ver a continuidade, o aperfeiçoamento e a busca do seu idealizador. Continuidade é tempo e investimento, é acerto e erro, e é estômago para a caminhada. Não é ser afetado por modismos.
Acho impressionante como o pessoal do cavalo troca um reprodutor comprovado ontem, pelo próximo cavalo da vez. O brasileiro é tão modista... mas isto também é outra história.
Não me lembro de ter visto o Sacramento criando qualquer outra coisa que não fosse cavalo de rédeas. E se você possui um Quarto de Milha de Rédeas, pare e dê uma olhada no Pedigree do seu cavalo, são grandes as chances de ter mais de um dos cavalos do Sacramento nele.
O Sacramento é o haras de Quarto de Milha de Rédeas com maior impacto na história da raça fora dos EUA. Falta-lhe só um título internacional de peso, com produtos da sua casa, mas para isso o Jefferson deve saber que é só mais uma questão de tempo e um pouco de sorte. No caso do Sacramento a busca da perfeição jamais deu lugar a pressa.
Nunca comprei um cavalo do Sacramento, não crio Quarto de Milha, e por isto mesmo não tenho nenhuma outra razão para escrever estas linhas, se não para tentar criar para você que as lê e que gosta de cavalo, um conceito do que é um criador de cavalos. E para cristalizar minha admiração pelo bom trabalho do amigo.

O Resumo da Sabedoria


Alfredo Amaral, zoontecnista da época boa, toda vez que se encontra em discussões complexas sobre equinocultura, costuma dizer que só existem dois tipos de cavalos: o bom e o ruim!

Só Agradeço aos Cavalos Ruins

Com esta frase, meu amigo e cavaleiro de hipismo Fábio Bozon, resume a experiência de mais de 30 montando entre o Brasil e a Europa. Fabinho, como é conhecido, completa ainda: "São os cavalos ruins que me fizeram aprender... que me forçaram a superar os limites. Cavalo bom não exige nada da gente. É simplesmente bom, nasce pronto... ".

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Parem de criar cavalos!


Para alguns criadores a grande quantidade de cavalos ofertada no mercado brasileiro seria a razão da menor valorização do produto. "Existem muitos animais de baixa qualidade ofertados e este exagero acaba atraindo o tipo errado de consumidor e o tipo errado de vendedor" diz A.L. criador de cavalos de esporte. O veterinário e criador A.C. ainda defende a idéia de se restringir o número de registros nos Studbooks das associações. O fato é que todos concordam que muitos cavalos de qualidade deixam de obter melhores ofertas ou até mesmo de serem comercializados, pois o barulho gerado pela oferta desenfreada de animais de origem, genética e criação duvidosa acaba por entupir o canal entre produtor e consumidor. No que se refere as ofertas A.L. completa: "O advento de novos canais de venda, como internet e leilões virtuais por televisão, colaboram com a divulgação do mercado de cavalos brasileiro, mas os preços divulgados nacionalmente, em boa parte das comercializações sequer cobre os custos de produção." Paises desenvolvidos que enfretaram momentos de super-oferta de cavalos e até mesmo os mais conservadores com este mercado, como os Estados Unidos da América, chegaram a optar por medidas drásticas de redução tais como o abate. Este é um problema que deve ser controlado pelas associações de criadores, mas o dilema está no fato de que com o número de registros e transferências aumentando, a cada ano aumenta também o valor das taxas de serviços prestados pelas mesmas. Quantidade e qualidade em questão, quem perde é o próprio cavalo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Clone Challenge a Corrida do Milênio


Ao Quarto de Milha de Corrida: em breve iremos clonar os principais cavalos de corrida vivos (e até mesmo já desaparecidos). Estes cavalos serão clonados para uma corrida específica que acontecerá num hipódramo insular. Nesta corrida encontraremos ao mesmo tempo, disputando uns contra os outros, os maiores corredores de todos os tempos: Jet Toro, Easy Jet, Dash for Cash, Mito Wise Dancer, Fischers Dash, Corona Cartel... todos com 2 anos. Quem seria o vencedor desta corrida? Quais seriam os desdobramentos desta prova? Garantam seus lugares!

Games!!!


O Jogo My Horse & Me, para plataformas PC, Nintendo BS e Wii, foi lançado este ano e é distribuído pela Atari.
Desenvolvido no Canadá, pela Mistic Softwares, é o primeiro jogo que eu vi em equitação. Já ouvi falar também de um jogo de Show Jumping, onde o usuário salta, escolhe pistas e cavalos... Para os interessados vai o endereço:
Mistic Software Inc.75, Queen street, Office 2600Montreal QuebecH3C 2N6 CanadaPhone : +1 514 499 0205Fax : +1 514 499 1925Email : info@misticsoftware.com

Do Modo Certo

Na tarde anterior, antes de saírmos para a capital, eu o puxei para fora da cocheira, chamei a Annie e fiz questão de mostrá-lo. Ele estava deslumbrante, forte, saudável, calmo como sempre. Um cavalo maduro, com o qual havíamos dividido os últimos 11 anos de nossas vidas. Aquele no qual confiávamos deixar montar nossos filhos, e sonhávamos ver seus filhos crescerem junto com os nossos.
Na manhã seguinte fui chamado as pressas de volta ao Rancho. Ele não estava bem. Cheguei logo após o veterinário. Com a esperança de que aquele animal jamais havia sofrido de qualquer doença, assisti cada tentativa se esvair e a noite chegar. Desenganado, deixei-o no seu piquete, na esperança de voltar mais tarde e vê-lo recuperado. Mas ao voltar, só pude ver o sofrimento se estendendo. Sua mente torpe, lidava com a dor há 12 horas. Ainda se levantava por si, mas ao deitar, deixava-se cair sem forças.
Ali com ele, em todo aquele sofrimento, concretizavam-se meus sonhos de menino. Tangibilizados à flor da pele e ao cheiro do suor, naquela noite quente e solitária. Chorei como um garoto, esperei em vão o inusitado, e a cada suspiro, cada nova tentativa, esperimentei o gosto da vaidade se desmanchar na boca. A certeza, em meio á tantas dúvidas, se fez presente. Tomei-lhe um punhado da crina, me despedi e deixei-o ir. Se fez a paz. Fiquei por ali. Dando-me o tempo para reorganizar por dentro. Olhando as árvores, escutando o silêncio.
Todo mundo que gosta e vive com cavalos tem uma história semelhante para contar. Uma história que eu sempre achei exagerada, dramatizada, extra-carregada de significados e fantasias. Confesso que sempre as banalizei. Hoje sei bem de onde elas nascem. E diferente do que eu acreditava ser a sua fonte dramática: as projeções individuais de nossas carências e frustrações sobre estes animais, descobri que é na hora em que elas se esvaziam que nos resta a chance de entender que ali está um ser, cuja vida inteira viveu ao largo daquilo que projetávamos nele. E que por mais íntimos que tivéssemos sido, eu o descobriaria como talvez nunca o tivesse entendido. Tão simples e derradeiro, como descobrir a si mesmo. De forma que... nunca mais nos separaríamos.