quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Valorizar Criadores de Cavalos!


Nas décadas de 70 e 80 estabelereceram-se as sementes do modelo de criador de cavalos brasileiro. Entre as fazendas e as hípicas, o cavalo do Brasil procurava seu lugar. No cavalo Árabe, atuavam entre outros criadores, Aloísio Faria e Sebastião Camargo, no Mangalarga José Oswaldo Junqueira, no Quarto de Milha Peri Igel, Carlos Raul Consoni, no Lusitano tínhamos Toni Pereira e dentre outros nomes que não busco rápidamente na memória, todos se isolaram da indústria do cavalo. Não se iluda leitor, em acreditar que por falecimento ou pela idade avançada. Muitos destes criadores de cavalos simplesmente deixaram de atuar, liquidaram seus plantéis ou fecharam seus haras á visitação. Para constatar isto basta dar uma olhada no Parque da Água Branca em São Paulo-SP. Quem viu a pujança das sedes das associações nestes anos dourados sabe do que estamos falando. Foram-se estes homens e o cavalo como criação se perdeu. Perdeu em visão, perdeu em execussão, perdeu poder de fogo.

Durante muito tempo eu preguei a popularização do cavalo, mas com a criação inteligente de um mercado consumidor. O famoso e falado "proprietário de cavalos para lazer e esporte". No processo que levou ao mercado atual, quase todo brasileiro do cavalo que comprou a idéia do "proprietário" confundiu a coisa... ao invez de fomentar ou se tornar um proprietário feliz de um cavalo ou dois, preferiu ser um criador pobre... virou piada e ao título de "sou criador de cavalos" confundiu-se o apaixonado de classe média com o banqueiro e o empreiteiro. O resultado... se vê. Um monte de cavalo por aí sem dono, sem origem, neto e bisneto de alguém, que ninguém sabe para que serve, um bando de atravessadores de cavalos e muito pouca gente satisfeita. É preciso que se valorize o criador de cavalos brasileiro urgentemente.
Na Foto: Howard Pitzer e Two Eyed Jack

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